O Estuário do Sado, situado a uma curta distância de Lisboa, é uma maravilha natural que atrai tanto observadores de aves como entusiastas da natureza. Sendo o segundo maior estuário de Portugal, possui uma extensa paisagem de 23.000 hectares repleta de biodiversidade. Este paraíso ecológico ganhou reconhecimento internacional como sítio Ramsar e abrange duas Zonas de Proteção Especial e uma Reserva Natural (RNES). Os diversos biótopos do estuário, que vão desde águas abertas e lodaçais entre marés até pântanos salgados e florestas, criam um ecossistema próspero que sustenta uma rica população de espécies de aves.

O que diferencia o Estuário do Sado é a grande variedade de espécies de aves que habitam este local. Desde aves aquáticas graciosas, como mergansos-de-poupa e mergulhões-de-pescoço-preto, até aves limícolas impressionantes, como ostraceiros-eurasiáticos e andorinhas-do-mar, o estuário oferece um espetáculo cativante para os observadores de aves. Nos bosques que rodeiam o rio, ecoam os cantos dos cucos, dos pica-paus-verdes ibéricos e das estrelinhas, criando uma sinfonia de melodias naturais. A presença indescritível de flamingos , colhereiros eurasiáticos, abelharucos europeus e pegas azuis aumenta o fascínio deste paraíso ornitológico.

Ao longo das estações, o estuário do Sado proporciona uma experiência dinâmica de observação de aves. No inverno, milhares de aves aquáticas invernantes enfeitam as águas, criando uma visão fascinante para os observadores. Durante a migração, o estuário torna-se um centro de atividade, com o número de espécies a aumentar, muitas vezes ultrapassando as 100 espécies de aves num único dia. No verão, o estuário acolhe espécies nidificantes, com uma contagem próxima das 100, tornando-o assim, num destino encantador para observadores de aves durante todo o ano.

Para além das maravilhas ornitológicas, o estuário do Sado alberga também uma população única de Golfinhos Roazes. Essas divertidas criaturas marinhas encantam os visitantes com as suas manobras graciosas, acrescentando uma camada extra de emoção à experiência de observação de pássaros. A exploração dos diversos ‘habitats’ do estuário, desde canaviais e praias fluviais, passando por dunas e montados de sobro, oferece aos observadores de aves a oportunidade de mergulhar na beleza da natureza.

Para os apaixonados pelas aves e pelo mundo natural, o estuário do Sado é um destino de visita obrigatória, prometendo uma aventura de observação de aves inesquecível e enriquecedora no meio do esplendor da natureza

Anatidae (Patos e Gansos) Merganso-de-poupa Phasianidae (Faisões) Perdiz-comum
Podicipedidae (Mergulhões) Mergulhão-de-poupa
Haematopodidae (Ostraceiros) Cagarraz Phoenicopteridae (Flamingos) Flamingo
Ciconiidae (Cegonhas) Cegonha-branca, Cegonha-preta
Threskiornithidae (Íbises e Colhereiros) Íbis-preta
Colhereiro
Ardeidae (Garças) Garçote-comum, Papa-ratos. Garça-vermelha, Garça-branca-grande
Accipitridae (Águias e Gaviões) Águia-pesqueira, Peneireiro-cinzento, Águia-cobreira, Águia-calçada, Águia-de-bonelli, Águia-sapeira, Tartaranhão-cinzento
Milhafre-preto
Rallidae (Frangos-d’água) Frango-de-água
Himantopodidae (Alcaravões) Camão
Charadriidae (Aves Limícolas) Ostraceiro, Pernilongo, Alfaiate, Borrelho-de-coleira-interrompida, Maçarico-galego, Maçarico-real, Fuselo, Milherango, Seixoeira, Combatente, Pilrito-de-bico-comprido, Pilrito-pequeno, Maçarico-bique-bique, Perna-vermelha-bastarda, Perna-verde
Laridae (Gaivotas) Gaivota-de-cabeça-preta, Garajau-grande, Chilreta, Garajau-comum
Columbidae (Pombos e Rolas) Rola-brava
Cuculidae (Cucos) Cuco-rabilongo, Cuco
Strigidae (Corujas) Mocho-galego, Coruja-do-nabal, Noitibó-de-nuca-vermelha
Caprimulgidae (Chotacabras) Andorinhão-pálido
Alcedinidae (Guarda-rios e Martim-pescadores) Guarda-rios
Upupidae (Poupas) Abelharuco, Poupa
Picidae (Pica-paus) Pica-pau-galego, Peto-real-ibérico
Falconidae (Falcões) Peneireiro, Esmerilhão, Falcão-peregrino
Laniidae (Picanços) Picanço-real, Picanço-barreteiro, Charneco
Paridae (Chapins) Chapim-de-poupa, Chapim-de-mascarilha
Alaudidae (Laverca, Cotovias e Calhandras) Cotovia-dos-bosques, Cotovia-de-poupa
Hirundinidae (Andorinhas) Andorinha-dáurica Muscicapidae (Rouxinois) Rouxinol-bravo
Sylviidae (Toutinegras e Aliados) Chapim-rabilongo, Felosinha-ibérica, Felosa-de-papo-branco, Rouxinol-grande-dos-caniços, Rouxinol-dos-caniços, Felosa-poliglota, Cigarrinha-ruiva, Fuinha-dos-juncos, Toutinegra-do-mato, Toutinegra-dos-valados
Certhiidae (Trepadeiras) Trepadeira
Sturnidae (Estorninhos) Estorninho-preto Muscicapidae (Piscos) Pisco-de-peito-azul
Luscinidae (Rouxinois e Rouxinóis) Rouxinol-comum
Passeridae (Pardais e Tentilhões) Pardal-espanhol, Pardal-francês
Ploceidae (Tecelões) Tecelão-de-cabeça-preta
Emberizidae (Escrevedeiras) Arcebispo, Bico-de-lacre, Bico-de-chumbo-malhado

Motacillidae (Alvéolas) Alvéola-amarela
Motacillidae (Pardais-dos-rios) Petinha-ribeirinha
Fringillidae (Pardais) Bico-grossudo, Milheirinha
Estrildidae (Bicos-de-cera) Escrevedeira, Escrevedeira-dos-caniços

Nos últimos anos existem algumas espécies registadas e que não são comuns de observar no estuário:

Scolopacidae (Maçaricos e Afins) Maçarico galego americano, Maçarico sovela, Pato-rabilongo, Mobelha-pequena, Mobelha-grande
Phoenicopteridae (Flamingos) Flamingo-pequeno
Scolopacidae (Maçaricos e Afins) Perna-amarela-pequena, Perna-verde-fina